Alemanha propõe armas nucleares europeias para fortalecer escudo dos EUA

Alemanha propõe armas nucleares europeias para fortalecer escudo dos EUA: O futuro chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, defendeu neste domingo (9/03) a realização de conversas com França e Reino Unido sobre o compartilhamento de armas nucleares europeias. No entanto, ele ressaltou que essa iniciativa não substituiria o escudo nuclear dos EUA, mas sim o complementaria. A proposta surge em um momento de crescente preocupação com a segurança europeia diante da guerra na Ucrânia e da ameaça russa.

MUNDO

3/9/20253 min ler

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Alemanha propõe armas nucleares europeias para fortalecer escudo dos EUA

O futuro chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, defendeu neste domingo (9/03) a realização de conversas com França e Reino Unido sobre o compartilhamento de armas nucleares europeias. No entanto, ele ressaltou que essa iniciativa não substituiria o escudo nuclear dos EUA, mas sim o complementaria. A proposta surge em um momento de crescente preocupação com a segurança europeia diante da guerra na Ucrânia e da ameaça russa.

O que Merz propõe?

Merz, líder do partido conservador CDU e provável próximo chanceler da Alemanha, afirmou em entrevista à rádio Deutschlandfunk que o compartilhamento de armas nucleares é um tema que precisa ser discutido. "Temos que nos fortalecer juntos na dissuasão nuclear", disse ele.

Ele destacou que qualquer iniciativa nesse sentido deve ser vista como um complemento ao escudo nuclear americano, que a Alemanha deseja manter. "Devemos conversar com ambos os países [França e Reino Unido], sempre com a perspectiva de complementar o escudo nuclear americano, que, é claro, queremos ver mantido".

Contexto de segurança na Europa

A proposta de Merz reflete a crescente preocupação com a segurança europeia após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022. Em uma cúpula em Bruxelas na quinta-feira (7/03), líderes da União Europeia apoiaram planos para aumentar os gastos com defesa, temendo que a Rússia, encorajada pela guerra na Ucrânia, possa atacar um país da UE no futuro.

Além disso, há uma percepção de que a Europa não pode mais depender exclusivamente dos Estados Unidos para sua defesa, especialmente em um cenário onde o governo de Donald Trump tem pressionado por um fim rápido do conflito na Ucrânia.

A posição da Alemanha

A Alemanha, devido ao seu passado na Segunda Guerra Mundial, comprometeu-se com a defesa não nuclear em vários tratados internacionais. No entanto, o país participa de acordos de compartilhamento de armas nucleares da OTAN, como o programa de bombas nucleares B61 armazenadas em bases aéreas alemãs.

Merz enfatizou que a proposta de compartilhamento de armas nucleares com França e Reino Unido não viola esses compromissos, mas busca fortalecer a dissuasão nuclear europeia de forma colaborativa.

Mudanças no cenário político alemão

A postura mais firme de Merz em questões de segurança e migração reflete uma mudança no cenário político alemão. O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) tornou-se a segunda maior força política do país, pressionando os partidos tradicionais a adotarem posições mais duras.

Merz também destacou que os planos da Alemanha para restringir as leis de migração não entram em conflito com as regras pan-europeias que estão sendo introduzidas por Bruxelas. "Queremos solidariedade europeia... mas a Alemanha também tem o direito de defender sua própria segurança e ordem", afirmou.

Próximos passos

Merz espera formar uma coalizão governamental até a Páscoa (20 de abril) e pressionar o parlamento a aprovar dois grandes pacotes financeiros: um para infraestrutura e outro para defesa. Ele também propõe mudanças nas regras de endividamento do estado, conhecidas como "freio da dívida".

Para aprovar essas medidas, Merz e o Partido Social-Democrata (SPD) precisarão do apoio do Partido Verde, com quem devem realizar conversas intensas na próxima semana. Merz garantiu que as medidas de proteção climática serão integradas aos pacotes.

Conclusão

A proposta de Merz para o compartilhamento de armas nucleares europeias reflete a necessidade de fortalecer a segurança do continente diante da ameaça russa. Enquanto a Alemanha busca complementar o escudo nuclear dos EUA, a iniciativa também sinaliza uma maior autonomia europeia em questões de defesa. No entanto, a implementação dessa proposta dependerá de complexas negociações políticas e do apoio de outros países-chave, como França e Reino Unido.

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