Natura (NTCO3) despenca 30% no 4T: entenda o que frustrou o mercado
Natura (NTCO3) despenca 30% no 4T: entenda o que frustrou o mercado A Natura (NTCO3) apresentou seus resultados do quarto trimestre, e o desempenho abaixo das expectativas fez as ações da companhia despencarem 29,94% nesta sexta-feira (14), marcando o maior tombo percentual da sua história. O principal fator para a frustração do mercado foi o aumento significativo das despesas, que comprometeu a performance operacional, apesar da receita líquida positiva.
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3/16/20253 min ler
Natura (NTCO3) despenca 30% no 4T: entenda o que frustrou o mercado
A Natura (NTCO3) apresentou seus resultados do quarto trimestre, e o desempenho abaixo das expectativas fez as ações da companhia despencarem 29,94% nesta sexta-feira (14), marcando o maior tombo percentual da sua história. O principal fator para a frustração do mercado foi o aumento significativo das despesas, que comprometeu a performance operacional, apesar da receita líquida positiva.
Queda histórica nas ações
As ações da Natura&Co fecharam a R$ 9,50 após a divulgação dos resultados, o que representou uma perda de R$ 5,6 bilhões em valor de mercado. O impacto foi ainda mais evidente considerando que, no mesmo dia, o Ibovespa teve alta de 2,64%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa ficou até 35% abaixo das projeções dos analistas. Embora os ganhos fiscais e operações de hedge tenham ajudado a amenizar as despesas financeiras, o lucro por ação ajustado de R$ 0,17 decepcionou os investidores, ficando abaixo do consenso de R$ 0,24.
Desafios financeiros e aumento da dívida
A empresa também lidou com desafios relacionados à reintegração da Avon International e aos esforços de consolidação das operações na América Latina. Esses fatores geraram múltiplos ajustes contábeis, dificultando a avaliação da geração de fluxo de caixa (FCF) da companhia.
No quarto trimestre de 2024, houve um consumo de caixa de R$ 41 milhões. A dívida líquida da Natura atingiu aproximadamente R$ 3 bilhões, com um índice dívida líquida/Ebitda de cerca de 2 vezes, um patamar que, segundo o JPMorgan, limita a capacidade da empresa de distribuir dividendos.
Perspectivas dos analistas
Apesar da queda expressiva das ações, o JPMorgan manteve sua recomendação de compra para os papéis da Natura, estabelecendo um preço-alvo de R$ 21. O banco destaca que, mesmo com os desafios operacionais, a empresa ainda negocia a múltiplos atrativos, com Preço/Lucro ajustado de 12x para 2025 e 11x para 2026.
O Bradesco BBI já esperava uma reação negativa do mercado, pois as expectativas estavam elevadas em relação aos KPIs (indicadores-chave de desempenho) operacionais da Natura na América Latina. No entanto, a lucratividade decepcionou tanto na margem bruta (300 pontos-base abaixo das projeções) quanto na margem Ebitda ajustada. O banco manteve sua recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 17.
O BTG Pactual, por sua vez, ressaltou que os custos de vendas, administrativos e gerais (SG&A) pressionaram os números do 4T24, enquanto a margem bruta ficou aquém das expectativas. No entanto, o bom desempenho da marca Natura no Brasil e América Latina e o aumento da eficiência operacional foram pontos positivos. O BTG manteve recomendação neutra e um preço-alvo de R$ 18.
O que esperar para o futuro?
Os próximos meses serão fundamentais para a Natura reconquistar a confiança do mercado. Questões como a recuperação da Avon International e a melhoria da margem bruta seguirão no radar dos investidores. A continuidade dos investimentos na "Onda 2" de transformação digital e a busca por uma estrutura de custos mais eficiente também serão fatores determinantes para o desempenho da empresa em 2025.
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