Ouro e prata seguem trajetória parecida, mas não são cointegrados, aponta Bank of America

Ouro e prata seguem trajetória parecida, mas não são cointegrados, aponta Bank of America Apesar de ouro e prata frequentemente caminharem em direções semelhantes no mercado, uma nova análise do Bank of America (BofA) conclui que os dois metais raramente são cointegrados — o que significa que estratégias de investimento baseadas em reversão à média entre eles não são confiáveis na maior parte do tempo.

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4/5/20252 min ler

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Ouro e prata seguem trajetória parecida, mas não são cointegrados, aponta Bank of America

Apesar de ouro e prata frequentemente caminharem em direções semelhantes no mercado, uma nova análise do Bank of America (BofA) conclui que os dois metais raramente são cointegrados — o que significa que estratégias de investimento baseadas em reversão à média entre eles não são confiáveis na maior parte do tempo.

Segundo o relatório, mesmo com três décadas de movimentos paralelos, os motores que impulsionam os preços de cada um são distintos. A análise foi feita com base em regressões contínuas de dados diários em janelas de cinco anos, e revelou que a cointegração entre os dois metais ocorre em apenas 20% do tempo analisado.

“O par ouro-prata nunca faz o corte para nossa estratégia de valor de spread preferida”, afirmou o banco.

Cointegração só aparece em momentos de forte crise

A pesquisa aponta que a cointegração tende a surgir em momentos de grande instabilidade nos mercados globais, como:

  • Crise do mercado asiático (1997)

  • Estouro da bolha das pontocom (2002)

  • Período pré-Grande Crise Financeira (2007-2008)

  • Incertezas econômicas de 2015-2016

Durante essas fases, ambos os metais funcionam como portos seguros, tornando seus comportamentos de preço mais alinhados. No entanto, eventos recentes como a pandemia de COVID-19, a guerra entre Rússia e Ucrânia e até mesmo as eleições presidenciais mais recentes não apresentaram o mesmo padrão de cointegração.

Demanda diferente, comportamento diferente

Para o BofA, a divergência recente entre ouro e prata se dá por razões estruturais. O ouro, por exemplo, tem sido impulsionado por compras dos bancos centrais, movidas por preocupações geopolíticas e menos por inflação ou rendimento real. Já a prata tem uma forte dependência da demanda industrial e apresenta maiores desafios logísticos de armazenamento, o que a torna menos atrativa como reserva de valor.

“A recente turbulência de mercado não induziu uma reversão à média entre ouro e prata”, conclui o relatório.

Conclusão: pares nem sempre andam juntos

Embora os dois metais sejam populares entre investidores e historicamente vistos como ativos correlacionados, a análise sugere cautela: a correlação visual não implica em cointegração estatística. O Bank of America continua otimista com relação ao ouro, mas desaconselha operar posições baseadas no spread ouro-prata.

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